quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Vincent Van Gogh
Aperta o passo
my-cow-soft
desacelera
a primavera
a sony e eu
não mostra nada
todo mundo corre
o todo morre
a starbucks
hoje eu gostei
amanhã não mais
pisei adidas
a tinta a tela
o som rompeu
I love NY
a mente demente
o bacana e eu
stress da nokia
chip toshiba
você tão bom
não vale mais
coca-cola versace
roubar ideias não dá cartaz
e no cartaz
o goole e o "g"
sessão de sábado
o copo, a vodka
descompassar
louis vuitton na rua 12
a numerologia e o yahoo
os idiotas celebram nada
mas adiante vão festejar
o mc donalds, a like, a virgin
escrever bobagens é subjetivo
o "you" já não é você.
Texto: MerielleBrandão

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Locke também tem razão!

O carioca Marcelo D2 já dizia: Na cabeça ativa e isso incomoda!

Bravo! Sem saber que filosofou, Marcelo D2 fez do pensamento Empirista de Locke, um bom hip-hop. E eu? Eu voltei aqui para que a postagem cujo título é: Platão tem razão, fosse com
o mesmo núcleo do assunto, a educação, mostrada de diferente forma.

Bom, diferente de Platão, o empirista Locke, pensa que as ideias inatas (as que nascemos com ela), não existem e é dentro de sua teoria que ele escreve um livro sobre a educação, descartando a rememoração platônica e afirmando que nada conhecemos até que as experiências vividas gere em nossa cabeça o entendimento sobre algo.
Mas é simples assim? Não! o ponto crucial é que nós humanos, passamos todos por várias experiências desde o primeiro dia de vida até agora e que se fosse pela experiência, todos seriam voltados ao entendimento e logo seriam educados, assim, todos seríamos cabeças pensantes.

Não, não é assim. Pois a nossa cabeça ao receber as experiências sensíveis precisa ser ATIVA.
ATIVA é aquilo que funciona, exercita-se, trabalha, executa. A educação tem o papel de preparar o aluno para usar corretamente o seu entendimento e sua tarefa é fazer do aluno um ativo habilitado para as várias ciências que cabeças ativas anteriores lançaram e para ele mesmo lançar suas ideias.

Pois bem, pontos sejam dados a Locke e sua cabeça ativa, só lamento saber que como um bom Macunaíma, o "brasileiro" dorme, anda a passos lentos, já parando e que é mais uma teoria que demonstra o caos da educação entre nós. A escola cria bons analfabetos funcionais. O trabalhador é usurpado e não tem tempo para respirar, para ativar, estudar. E por fim os jovens que ativam o "corpo" com trejeitos garranchos que assemelham-se a oragotangos com o "Rebolation" e desativam a mente parando nas vogais, o alfabeto completo é complicado demais para eles.

Merielle Brandão

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Platão tem razão!

Por esses dias a nova disciplina do curso de Filosofia, chamada Filosofia da Educação, convidou-me a ficar mais convicta sobre o que penso sobre a educação.
Assim como Platão, eu acredito que a educação é capaz de mudar, aperfeiçoar a sociedade.
Até aí tudo bem, mas aos poucos a leitura me mostrou uma forma audaciosa que o filósofo trabalhou este tema em sua cabeça grega.

Platão diz que a aprendizagem é uma investigação, e o paradoxo da investigação nos leva à
conclusão que toda aprendizagem consiste na rememoração, uma vez que Platão é idealista e acredita com veemência que se estamos nesta vida e carregamos conosco o aprendizado de vidas passadas, só precisamos rememorar e a solução está lá, pronta e guardada em nossa mente, prestes a ser ativada. Pois bem, se não posso aprender aquilo que nunca vi, pois nem sei do que se trata, serei eternamente leiga no determinado assunto.

Confesso que essa teoria me deixou mais calma, penso agora poder entender porque tanta gente com falta de inteligência e com cara de panaca existe por aí.

Lá vai eu e Platão pensando... Se o sujeito não tem nada em sua mente vã, estúpida e limitada, não posso cobrar que ele rememore algo, ele é demente por natureza, ele simplesmente não viveu outra vida, ele não é capaz de ser o escravo de Sócrates que por deduções conseguiu por si só resolver um problemas matemático, mesmo sem nunca ter ido a escola. Ele não sabe, não quer saber, não pode saber e eternamente viverá sem conhecer. É a velha história, não fale de mares a quem mares nunca viu.

O que mais sinto é ter que concordar com Platão e lamentar, pois de todas essas almas sem vidas passadas e sem registros de mínima inteligêngia possível que estão distribuídas entre mais de seis milhões de habitantes por toda a extensão do planeta Terra, a MAIORIA VEIO PARAR NO BRASIL!

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

No Brasil o que vale é a rima

Burrice rima com idiotice
Sacanagem rima com pilantragem
Forró da mesmice rima com cafonice
Luan Santana rima com enrustido bacana
Collor de Melo rima com político, lindo e eterno (para Alagoas)
Demência mental com o vocalista do Parangolé (não rimou, ok)
Swingueira rima com... deixa pra lá!
E "mulher Melão" rima com o que?
Ora, ora, rima com eleição!

Pois é, no nosso país não basta a falta de educação, a falta de cultura, a pobreza, a miséria,
o caos e nem basta a Eleição, a rima "tá" no sangue, vote "mulher Melão". Deputada Estadual
pelo PHS (Partido de não faço ideia) essa mulher inteligentíssima tá bombando na "rima" lá no Rio de Janeiro.

Nessas horas lembro-me do Sir Sílvio Santos perguntando veementemente: TENS O ENSINO FUNDAMENTAL?

Hahahahahahahahaha!

terça-feira, 13 de julho de 2010

Le temps perdu!

Que saudades de um tempo que não vivi. A nostalgia não vivida relembra cultura, educação, intelectualidade. Não faz muito tempo que estudar ainda trazia vantagens, pois a educação construia o Ser. Mas os tempos são outros e tudo que é sólido se desmancha no ar, é a pós-modernidade.
O vale tudo de uma vida mesquinha se reflete no estado vegetal mental que "assistimos" pasmos. Se reflete no analfabetismo de espírito embalado por uma aculturação. É um som tolo, uma falta de poesia. É uma imediaticidade medonha reforçada pelo sistema de besteira plena. Uma fila de condenados que querem ter sem nem saber para que e não Ser. A ordem não está inversa, um dos fatores foi apagado, uma borracha no Ser.
O que tem a ver os dias de hoje para com um desprezo pelo intelecto? O que tem a falta de um sistema que exalte a educação? O que temos a ver com um modus vivendi que esmaga o saber? Tudo!
Quando o pequeno não vai a escola, o grande é um adulto frágil, um escritor garrancho, um ouvinte surdo, um cidadão ninguém, um homem de "personalidade marginal", segundo o sociólogo Stonequist. E esse sujeito vago perparssa o discurso do Ser inválido, e o mesmo já não vale mais qualquer coisa que seja.
Acredito que é a pior fase dessa pós-modernidade, quando ela inebria um sujeito tão vazio que sua postura assemelha-se ao dos primatas, puro instinto e vantagem. E quando o instinto domina, o homem vira errante, mas um errante kithsc. O mínimo são é abduzido, a educação como mínimo se desvia e não "nos" formamos nem "somos" formados, não "ditamos", "somos" ditados, não "somos" seguidos, "seguimos". Não "gostamos", "aceitamos". Não "escolhemos", a massa escolhe por "nós". Não subestime a massa, ela é ESPERTA!
É a "era do rebolation" e talvez ouvir o "rebolation" aparentemente seja só uma vontade instintiva de expulsar os demônios do trabalho e da vida cansada, talvez seja uma forma de se divertir e dizer para muitos que você é descolado, aceito, querido. A roda dos cabelos ao vento e a gente jovem reunida de hoje é regada de música ruim, poucas palavras, nada de idéias e muitos trejeitos. O pior da falta da cultura traz a "era do rebolation" como um problema que vai além e que está no cerne de uma doença para meu país: a falta de letras, palavras, a falta das exatas, a falta da real expressão. O sujeito que se deixa embalar de pouca cultura, ou nada, é um doente letárgico que está bem onde está, é o cara que é lesado, sem direitos, sem democracia. É o moço que não sabe votar, é a moça que prefere tingir os cabelos a fazer uma boa faculdade. É o negro que lhe impõe malandragem pois se formar é coisa de branco, é difícil. É o branco do Senado que rouba do outro branco, do preto, da criança e sem medo de ser culpado sorri seus dentes amareladoas a cada quatro anos. Na falta de educação a era é a da rebolação da malandragem. Millôr Fernandes diz: Entre um burro e um canalha, não passa o fio de uma navalha. E não passa mesmo, pois no burro está embutido a pobreza de espírito, a deficiência do ser, o rio da educação seco e a semente nociva do espertalhão.

quinta-feira, 22 de abril de 2010


Não quero muito do que vejo
E não pretendo muito do que não sei.
Suas doses de veneno, seus desejos tão pequenos.
eu não quero ser vocês.
Ontologicamente, todos iguais.
Mas no que me toca o teu toque é bem
Terreno, eu sou ser mais supremo,
a evolução em mim foi eficaz.
Se vocês não querem minha filosofia
Não imponham a mim suas metodologias
de como um fracassado vive em paz.
Não sou vocês, não quero seu os seus
Não faço parte de muita coisa que vejo por aí.
Não quero os seus domingos, suas frases bem piegas,
Não quero os seus "domínios", nada em vocês me apetece, nada me apega.
É que sou diferente, deixei de ser demente
Minha carência são suas dores
Relevei-me em outros rostos que por aqui são poucos.
Eu não sou vocês sentados
Em seus postos de trabalho
Nas filas, nos corredores.
Eu não sou uma redentora, eu não quero te salvar
Tendo sempre a infração, tenho um feeling infrator.
Eu não quero os seus venenos
Seus trejeitos tão pequenos
Suas cabeças tão retrôs.

Imagem-quadro-desenho gráfico: merielle brandão, Os outros pequenos sobre um Crayon Conté.
Texto: merielle brandão