quinta-feira, 22 de abril de 2010


Não quero muito do que vejo
E não pretendo muito do que não sei.
Suas doses de veneno, seus desejos tão pequenos.
eu não quero ser vocês.
Ontologicamente, todos iguais.
Mas no que me toca o teu toque é bem
Terreno, eu sou ser mais supremo,
a evolução em mim foi eficaz.
Se vocês não querem minha filosofia
Não imponham a mim suas metodologias
de como um fracassado vive em paz.
Não sou vocês, não quero seu os seus
Não faço parte de muita coisa que vejo por aí.
Não quero os seus domingos, suas frases bem piegas,
Não quero os seus "domínios", nada em vocês me apetece, nada me apega.
É que sou diferente, deixei de ser demente
Minha carência são suas dores
Relevei-me em outros rostos que por aqui são poucos.
Eu não sou vocês sentados
Em seus postos de trabalho
Nas filas, nos corredores.
Eu não sou uma redentora, eu não quero te salvar
Tendo sempre a infração, tenho um feeling infrator.
Eu não quero os seus venenos
Seus trejeitos tão pequenos
Suas cabeças tão retrôs.

Imagem-quadro-desenho gráfico: merielle brandão, Os outros pequenos sobre um Crayon Conté.
Texto: merielle brandão